G-11

Resumo

País🇩🇪 Alemanha
CategoriaFuzil de assalto bullpup
FabricanteHeckler & Koch

Descrição

O Heckler & Koch G11 é um protótipo de fuzil de assalto que não entrou em produção em série, desenvolvido do final da década de 1960 aos anos 1980. Foi principalmente um projeto da Alemanha Ocidental pela Gesellschaft für Hülsenlose Gewehrsysteme (GSHG), um grupo composto por Heckler & Koch (engenharia mecânica e projeto de armas), Dynamit Nobel (projeto de propelente e projétil) e Hensoldt Wetzlar (sistemas ópticos).

O desenvolvimento começou por volta de 1967, seguindo uma ideia da OTAN para a adoção de uma segunda munição padrão de pequeno calibre. Embora o interesse da OTAN em munição sem estojo tenha diminuído, o governo da Alemanha Ocidental continuou o projeto em 1968–1969 com contratos para a Diehl, IWKA Mauser e Heckler & Koch, buscando uma probabilidade de acerto aprimorada.

Inúmeros protótipos foram desenvolvidos e testados ao longo das décadas de 1970 e 1980, resolvendo problemas de precisão e munição. Em 1990, a H&K concluiu o desenvolvimento do G11, destinado à Bundeswehr e à OTAN. Apesar de ser tecnicamente bem-sucedido, nunca entrou em produção plena devido a:



  • As mudanças políticas da reunificação alemã
  • A situação financeira resultante
  • O cancelamento de contratos de aquisição previstos
  • Questões relacionadas à padronização da OTAN



O fuzil é notável por utilizar munição sem estojo 4.73×33mm, que consiste em um bloco cuboide de Propelente de Altas Temperaturas de Ignição (HITP) contendo o projétil. Este cartucho era mais leve e menor em volume do que o cartucho 5.56×45mm NATO, e foi projetado para atender aos mesmos requisitos balísticos delineados no documento 14 da OTAN.

O projeto visava aumentar a probabilidade de acerto através de rajadas de alta cadência com múltiplos disparos. O fuzil possui três modos de disparo: semiautomático, totalmente automático a 460 tiros por minuto, e rajada de três disparos a mais de 2100 ciclos por minuto. Os cartuchos são alimentados verticalmente de um carregador acima do cano para uma câmara rotativa que gira 90 graus para se alinhar com o cano para o disparo. O ciclo de disparo envolve um pistão de carregamento e a rotação da câmara, ignição através de um percussor e um impulsionador de pólvora, e então a aceleração do projétil. O cano e o mecanismo de operação recuam dentro da arma, dissipando energia e permitindo a entrega de três disparos em uma rajada antes que o amortecimento ocorra, o que significa que o usuário sente o recuo somente após a conclusão da rajada. Devido à munição sem estojo, o sistema omite as etapas de extração e ejeção.

Vários protótipos e configurações foram desenvolvidos, incluindo o Protótipo 1, Protótipo 3 (com câmara para 4.75 mm), Protótipo 4, Protótipo 5, Protótipo 6 (com câmara para 4.7x21mm), e o Protótipo 13, que ganhou atenção como a versão inicial para o programa Fuzil de Combate Avançado (ACR). As configurações finais do modelo de produção foram designadas G11 K1, concluídas em março de 1987, e G11 K2, aprovadas para produção de substituição em larga escala em 1992. Variantes específicas do ACR desenvolvidas para testes nos EUA tinham câmara para 4.92 mm. Um conceito de arma curta chamado Nahbereichswaffe (NBW), utilizando um cartucho 4.73×25 mm encurtado, também foi criado como parte da linha de desenvolvimento.

O G11 participou de testes de campo preliminares da OTAN em 1977 e foi incluído no programa Fuzil de Combate Avançado (ACR) dos EUA. Testes de campo e testes de tropa com a Bundeswehr em Hammelburg ocorreram de junho de 1988 a janeiro de 1989. Nesses testes, o G11 alegadamente alcançou uma probabilidade de acerto 100% maior do que o fuzil G3.

A arma foi certificada para uso pela Bundeswehr pelo Gabinete Federal de Tecnologia e Aquisição de Defesa (FODTP) em abril de 1990; no entanto, a adoção planejada pela Bundeswehr como substituto do G3 não prosseguiu. O programa ACR terminou em abril de 1990 sem adotar nenhum dos fuzis testados. A aquisição foi finalmente interrompida devido à reunificação alemã, questões orçamentárias, recomendações contra a aquisição pelo Tribunal Federal de Contas e uma declarada "falta de possibilidade de padronização da OTAN". Apenas 1000 unidades foram produzidas.

O principal usuário envolvido em testes extensivos e potencial aquisição foi a Bundeswehr. Versões do G11 foram testadas pelos militares dos EUA como parte do programa Fuzil de Combate Avançado. Algumas das 1000 unidades produzidas alegadamente chegaram às mãos da Bundeswehr, apesar de nunca terem sido formalmente adotadas. A tecnologia desenvolvida para a munição sem estojo do G11 foi licenciada em 2004 para o programa de Tecnologias de Armas Leves (LSAT) do Exército dos EUA.

Especificações técnicas

G-11
Cadência de tiro600 - 2000 tiros/min.
Calibre4.77 x 33 mm
Carregador45 tiros
Comprimento750 mm (29,5 in)
Peso4,3 kg (9,5 lb)
Alcance400 m (1312 ft)
Wikipedia e outras fontes abertas.