Challenger 2
Descrição
O conceito para este carro de combate principal surgiu como um empreendimento privado em 1986, representando uma reformulação significativa do seu predecessor direto. Após uma encomenda de um protótipo pelo Ministério da Defesa no final de 1988, foi adjudicado um contrato para um veículo demonstrador com um objetivo de entrega em 1990. A produção teve início em 1993, levando à sua aceitação formal em serviço em 1998, com as entregas finais a serem concluídas em 2002. Este veículo foi desenvolvido como parte de um programa para substituir os tanques Chieftain mais antigos e acabou por substituir completamente o Challenger 1 no serviço britânico.
Este carro de combate principal de terceira geração é operado por uma guarnição de quatro elementos: comandante, atirador, municiador-operador e condutor. O seu armamento principal é um canhão raiado de 120 mm, uma distinção notável entre muitos tanques contemporâneos da NATO, permitindo o uso eficaz de munições de alto explosivo de cabeça deformável (HESH) para além de projéteis perfurantes estabilizados por aletas com sabot descartável (APFSDS). Isto é complementado por metralhadoras de 7,62 mm, coaxiais e montadas em reparo. A proteção é assegurada por uma blindagem compósita avançada na torre e no casco. A mobilidade é proporcionada por um motor diesel V12, que oferece uma autonomia substancial em estrada e uma velocidade máxima respeitável, apoiado por um sistema de suspensão hidropneumática. O tanque dispõe de sofisticados sistemas de controlo de tiro e de mira, incluindo imagem térmica para o atirador e o comandante, uma mira panorâmica para o comandante com telémetro laser e ajudas de condução noturna para o condutor. As considerações de segurança da guarnição influenciaram aspetos do design, como o uso de acionamentos elétricos da torre e do canhão, e um sistema integrado de proteção nuclear, biológica e química. O design do veículo incorpora características para reduzir a sua assinatura de radar e inclui capacidades de geração de fumo. Um recipiente de aquecimento também está incluído para a subsistência da guarnição.
Entrando em serviço operacional em 1998, o tanque foi inicialmente empregado em operações de manutenção da paz na Bósnia e Herzegovina e no Kosovo. A sua estreia em combate ocorreu em março de 2003 durante a invasão do Iraque, onde foi amplamente utilizado, nomeadamente em torno de Basra, para apoio de fogo e engajamento de blindados inimigos. Os veículos destacados para o Iraque receberam modificações para condições desérticas. Para além do Exército Britânico, o Exército Real de Omã também opera este tipo. Em 2023, vários destes tanques foram fornecidos às Forças Terrestres Ucranianas, posteriormente entrando em ação na Guerra Russo-Ucraniana, onde alguns veículos receberam modificações de campo, como blindagem de ripas adicional. O tanque também tem sido uma parte consistente da Presença Avançada Reforçada da NATO na Estónia e foi destacado para a Polónia para apoiar as capacidades aliadas após doações de equipamento à Ucrânia.
Resumo
País de origem | 🇬🇧 Reino Unido |
Categoria | Carro de combate principal |
Subtipo | Carro de Combate Principal Pesado |
Fabricante | Vickers Defense Systems |
Número produzido | 447 unidades |
Preço médio estimado por unidade | $5,3 milhão |
Especificações técnicas
Tripulação | 4 (commander, gunner, loader–operator, driver) efetivo |
Alcance | 550 km |
Massa | 75,0 toneladas |
Altura | 2,49 m (8,2 ft) |
Largura | 4,2 m (13,8 ft) |
Comprimento | 13,5 m (44,3 ft) |
Velocidade máx. | 59 km/h (37 mph) |
Motor | Perkins CV-12 Condor 12-Cylinder Diesel Engine with 1200 hp |
Arma 1 | L30A1 120 mm rifled gun |
Arma 2 | 7.62 mm coaxial L94A1 chain gun |
Arma 3 | 7.62 mm L37A2 loader–operator hatch machine gun |
Arma 4 | None |