EMB 110
Resumo
Categoria | Aeronaves de transporte militar |
País de origem | 🇧🇷 Brasil |
Fabricante | Embraer |
Primeiro voo | 9 Agosto 1972 |
Ano de introdução | 1973 |
Número produzido | 503 unidades |
Preço médio por unidade | $2 milhão |
Descrição
O desenvolvimento do EMB 110 Bandeirante teve início com uma diretriz de 1965 do Ministério da Aeronáutica do Brasil, buscando uma aeronave de transporte confiável e de baixo custo para uso civil e militar. A especificação, gerada sob o programa IPD-6504, estipulava motores turboélice, uma asa baixa e capacidade para oito pessoas, adaptada à infraestrutura aeroportuária existente no Brasil. O engenheiro francês Max Holste foi o projetista-chefe, enquanto o engenheiro aeronáutico brasileiro Ozires Silva supervisionou a construção do protótipo e desempenhou um papel fundamental na fundação da Embraer para comercializar e produzir a aeronave. Em 26 de outubro de 1968, o protótipo YC-95, pilotado por José Mariotto Ferreira, realizou seu voo inaugural a partir do Aeroporto de São José dos Campos. Em meados de 1969, a aprovação da produção levou ao estabelecimento da Embraer, com a empresa assumindo a responsabilidade pela produção em 2 de janeiro de 1970. As mudanças nas condições de mercado levaram a um redesenho para o EMB 110 Bandeirante de maior capacidade, incorporando avanços tecnológicos. A Força Aérea Brasileira impulsionou o programa com uma encomenda inicial de 80 aeronaves de produção em maio de 1970.
As entregas à Força Aérea Brasileira começaram em 9 de fevereiro de 1973. O voo inaugural do modelo de passageiros ocorreu em 9 de agosto de 1972, e ele subsequentemente entrou em serviço comercial em 16 de abril de 1973, com a Transbrasil. Em 8 de julho de 1985, a Ryanair iniciou as operações com um EMB 110 de 15 assentos, continuando a utilizar o tipo até 1989. Durante a Guerra das Malvinas, duas aeronaves de patrulha marítima EMB 111A Patrulha foram arrendadas à Marinha Argentina como medida temporária. Em 15 de dezembro de 2010, a Força Aérea Brasileira apresentou seu primeiro EMB 110 modernizado, equipado com aviônicos modernos e designado como C/P-95. Até outubro de 2018, aproximadamente 150 EMB 110 permaneciam em serviço ativo em vários setores, incluindo companhias aéreas, táxis aéreos, entidades governamentais e forças aéreas em todo o mundo. Entre 1968 e 1990, um total de 494 aeronaves EMB 110 foram construídas em diversas configurações adaptadas para uma variedade de funções.
Em uma configuração típica, o EMB 110 acomodava entre 15 e 21 passageiros e exigia uma tripulação de dois pilotos. Diversas configurações e personalizações eram possíveis. O modelo EMB 110P1A/41, equipado com assentos para 18 passageiros, tinha um comprimento de 15,1 metros (50 ft), uma altura de 4,92 metros (16,1 ft) e uma envergadura de 15,33 metros (50,3 ft). Possui uma velocidade máxima de cruzeiro de 411 km/h (222 kn), enquanto sua velocidade de cruzeiro mais econômica era de 341 km/h (184 kn), velocidade na qual um alcance efetivo de 1.964 km (1.060 nmi) pode ser alcançado, mesmo mantendo combustíveis de reserva para mais 45 minutos de voo. O EMB 110 tem um teto de serviço de 21.500 pés (6.600 m). O EMB 111A Patrulha é uma versão de patrulha marítima para a Força Aérea Brasileira, também designada como P-95 Bandeirulha. O P-95B é um EMB 111 aprimorado, com aviônicos mais avançados e uma estrutura reforçada, com dez unidades construídas para a Força Aérea Brasileira. O EMB 111AN é uma aeronave de patrulha marítima vendida à Marinha do Chile. O Bandeirante recebeu seu certificado de aeronavegabilidade brasileiro perto do final de 1972.
Principais Variantes:
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EMB 110: A versão de produção inicial, designada como C-95 pela Força Aérea Brasileira, serviu como um transporte militar de doze assentos e era equipada com dois motores PT6A-27 de 680 shp (510 kW).
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EMB 110A: Esta era uma versão de calibração de rádio da aeronave, designada como EC-95, especificamente adaptada para a Força Aérea Brasileira.
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EMB 110B: Uma variante especializada em levantamento aéreo e fotografia aérea; seis destas foram designadas como aeronaves R-95 para a Força Aérea Brasileira, enquanto sete foram construídas no total.
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EMB 110C: O primeiro modelo comercial, esta era uma versão de passageiros de 15 assentos, semelhante ao transporte militar C-95.
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EMB 111A Patrulha: Servindo à Força Aérea Brasileira como uma versão de patrulha marítima, esta aeronave também carregava a designação P-95 Bandeirulha.
Especificações técnicas
Versão: EMB 110 |
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